Blog do Sonho Eterno

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Quem é leitor assíduo do blog, se é que essa joça tem visitantes sem ininterrupção, tirando é obvio a Ferd e a Bia, sabe que eu amo um teatrinho básico. Aliás, amo todas as formas de expressar a arte, claro que umas mais do que as outras e teatro, é sem dúvidas, um dos meus favoritos. Domingo dia 25 de abril fui ver O Despertar da Primavera que está em cartaz em São Paulo, no teatro Sérgio Cardoso, que fica no centrão, até o dia 2 de maio, por isso esse é o último final de semana.

Aquele tipo de velho babão vai amar a peça por cenas de nudez e insinuação de sexo, eu confesso que achei até um pouco exagerado, o mocinho que não me convenceu tanto assim em ser realmente mocinho, chupando o peito da protagonista. Ela sim é ótima, bonita, tem uma voz linda e um sotaque que me fez lembrar alguém de antigamente.

Também gosto do público que freqüenta teatro. Geralmente são pessoas descoladas, com áurea de saudável e de mente aberta. Tem muito homossexual, porque a maior parte dos homossexuais gostam de coisas de qualidade e acima de tudo, de ter um quê de cultura, o que acho legal nesse grupo de pessoas.

A montagem é mais uma da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, que já fizeram de “7 – O Musical” e “Avenida Q”, que também vi em São Paulo. Escrita pelo alemão Frank Wedekind, no século 19, a peça trata dos questionamentos de um grupo de jovens e aborda temas como abuso sexual, suicídio e homossexualismo. Se não estiver numa boa fase da vida, em depressão, por exemplo, não vá porque a coisa é meio depressivo demais a partir da segunda fase, embora o conjunto da obra é muito interessante.

O elenco jovem é formado atualmente por atores entre 16 e 25 anos e hoje em dia parece ter um enredo inofensivo. Porém nem sempre foi assim, antes de estréia em 1981 na Alemanha, O Despertar da Primavera foi proibido, acusado de incitar os jovens ao suicídio e a prostituição. Além de suicido de um dos garotos, a peça conta com outros assuntos polêmicos como inseto, relações sexuais e opressão familiar.

No ano de 2006 o texto de Frank Wedekind, ganhou uma nova versão adaptada para o circuito Off-Broadway, ou seja fora da região da Broadway, e fez tanto sucesso que logo no mesmo ano estreiou na própria Broadway. E agora tem essa versão brasileira.

No mais, o espetáculo é interessante, bem montado e eu recomendo, mas é o último final de semana em São Paulo.

Horários:

  • Sexta-feira, 21h30
  • Sábado, 21h00
  • Domingo, 18h00